30 de out. de 2009

Uma interessante história sobre uma gata...

Resolvi falar aqui sobre minha falecida gata, chamada Baja.
Não sei se vocês sabem, mas eu sou louca por animais vertebrados (detesto insetos e aracnídeos).
Tudo começou quando eu ainda namorava com meu ex, no Dia das Mães do ano passado (2008). Eu fui à casa do meu ex, comemorar o Dia das Mães com minha mãe e a mãe dele. Na hora de ir para casa, eu vi uma gatinha muuuito bonitinha andando pelo jardim do prédio dele. Quando percebi, ela tinha o rabinho torto e atrofiado!
Era uma gatinha rajada, muito lindinha, porém tinha um problema: ela resolveu ficar atravessando a rua dele (que é bem movimentada!) várias vezes. Então falei para ele tomar conta dela, que ainda era um filhotinho, para ela não ser atropelada.
Depois de algumas horas, meu ex me ligou:
-Amor, eu tô com a gatinha aqui, ela tá brincando dentro do box do chuveiro
Ele entendeu errado o que eu falei, e levou ela para casa! Como a mãe dele gostou muito da gatinha, acabamos adotando ela, e colocando o nome dela de Baja, em homenagem ao Projeto Mini Baja, que meu ex era capitão, na época, na UFBA (Universidade Federal da Bahia).
Descobrimos coisas muito surpreendentes e engraçadas, como o fato dela adorar sacos plásticos, adorar ser transportada neles; não suportar ficar sozinha; amar passeios a carro; botar a língua para fora quando sentia calor; odiar o som da viola de braço (não a viola de sertanejo), violino e violoncelo, e agir como uma jaguatirica-ela adorava ficar de tocaia e pular na gente quando passava por ela.
Lá pelo fim da vida dela, descobrimos que ela era apaixonada pelo som do piano e que entrava em estado alfa ouvindo Bach. Fazíamos piadas dizendo que como Baja, em espanhol, pronuncia-se "barra", ela gosta de Bach, que em japonês se pronuncia "barra" também.
Porém essa alegria durou muuito pouco: no dia 8 de março deste ano (2009), Baja morreu, caindo de 16 andares, pelo fato de adorar andar pelo peitoril da janela.



Baja, dormindo no piano ao som de Bach
Logo após a morte dela, meu ex foi morar no Japão, e senti que tudo que eu mais amava estava me deixando. Mas eu senti também que o que mais sinto falta é dessa gatinha muito louca, pois depois de alguns meses, os pais do meu ex adotaram três gatinhos: Pantera (preto), Nina (laranja, preta e branca) e Yoda (rajado, como Baja). Mas nenhum deles conseguiram ser tão interessantes como Baja: todos eram gatos normais, lindos,mas frios e acomodados.

Foi então que eu percebi que animais realmente têm personalidades! E que realmente Baja era uma raridade (afinal, onde você encontra uma gata, com um rabo torto e atrofiado, que ama piano e saco plástico, além de apaixonada por passeios a carro?), pois até minha mãe que odeia gatos, acabou se apaixonando por ela.

2 comentários:

  1. Poxa, Shashai...bateu a saudade de Bajinha também! De fato ela era uma gatinha especial! E realmente, cada bichinho tem a sua "personalidade". Já tive uma gatinha que por mais que tentássemos educá-la ela era uma vira-lata convicta, de subir na mesa a procura de comida, futucar o lixo, soltar faltulências na frente de todos...tive um gatinho boêmio, que passou uma manhã inteira na chuva, pq a namorada dele tinha morrido, além de fazer farras homéricas e voltar pra casa depois de 3 dias, todo sujo de barro e com olheiras (isso mesmo, olheiras! embaixo dos olhos dele ficava meio inchadinho e vermelho)! Tive uma gatinha bebê que devia ser um dos lutadores de "o tigre e o dragão" pq não sei como ela subia em lugares altíssimos, sem ter nem 01 ano de idade! E o meu atual gatinho é um reizinho! Não gosta de ser contrariado (em tempos melhores, ficava até agressivo!), é ciumento e metido! Mas é também uma companhia constante...amo demais aquele enfezadinho de olhos azuis!

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  2. Que linda, gente! Bob está muito doente e eu já estou sofrendo muito, já chorei pra caramba, ainda mais que estou longe. É uma pena que bichinhos tão queridos tenham que partir!

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